. 1 de Janeiro de 2008 - Mu...
. Porque a partir de hoje.....
. Ausência
. Perfumes
. "A nossa única riqueza é ...
Não quero mais esta vida.
Não quero mais este cansaço.
Não quero mais esta sensação de impotência.
Não quero mais esta sensação de azar que me persegue.
Não quero mais ser infeliz
Não quero mais viver assim
Não quero mais este ar, este aspecto
Não quero mais sentir-me estúpida, estupidificada, ignorante.
Não quero mais ser pisada, sem poder dizer nada
Não quero mais ter de ficar calada, para não sofrer consequências
Não quero mais não obter o que sempre quis
Não quero mais ter de ficar pelo caminho.
Não quero mais este ritmo
Não quero mais não ter férias
Não quero mais sentir-me no limite físico e psicológico.
Não quero mais esta faculdade.
Quero este curso.
Não quero esta faculdade.
Não quero as pessoas que a habitam.
Não quero sentir-me mais assim e saber que é por causa dessa instituição.
Não quero que me faça infeliz o que me devia fazer feliz.
CHEGA!
ESTOU FARTA!
CANSEI!
O que fazer?
Não sei.
Desistir? NUNCA!
Mas sem dúvida alguma coisa vai mudar.
Alguma coisa tem de mudar.
Quanto mais não seja o sítio.
1 de Janeiro de 2008.
Tudo na mesma, como seria de esperar.
Afinal de contas que significado tem esta mudança de ano?
Parece uma contradição, tendo em conta o post anterior.
Mas não é.
É uma espécie de ironia, digamos assim.
Ver que o tempo passa e que há coisas que vão ficar eternamente na mesma.
Simplesmente porque as pessoas não querem saber.
Simplesmente porque sabem que o trabalho aparece feito.
Farta.
Cansada.
E ainda começou agora o ano.
Sim, e sei que não posso ficar já assim. Ainda hoje é dia 1.
Mas há coisas... Há coisas que me tiram do sério. Mesmo.
Posso sempre deixar de me chatear com isto.
Esperar que as coisas apareçam feitas... Sabem... Como os outros fazem.
Mas o mais engraçado de tudo é que depois, curiosamente, nada aparece feito.
Porque será?
Deu-me para o sarcasmo e para a ironia hoje.
Uma maneira de me controlar? Talvez.
Só me resta ter esperança que alguma coisa mude.
Ou então arregaçar as mangas e pôr mãos à obra.
O costume, portanto.
É 1h00 da manhã.
Acabam hoje os testes. A partir das 12h10min estou oficialmente de "férias".
"Férias" porque tenho trabalhos para acabar, apresentações para fazer e preparar... Mas ao menos posso fazer uma pausa nos estudos, porque os testes acabam hoje.
Pena não serem num local como na foto.
Merecidas férias.
Estou de tal modo cansada que já nem quero saber.
Afinal de contas estou na faculdade, se não fizer hoje posso fazer amanhã. Ou depois.
Supostamente a faculdade é o tempo da rambóia, da borga, do divertimento, de fazer tudo em cima do joelho. Mas eu não posso fazer isso assim. Medicina é isto.
Mas como dizia um colega meu: "Há mais Mundo para além da Medicina!"
Tento convencer-me disto todos os dias.
Tento não me deixar cair na rotina de estudar sem parar e quando der por mim estar com os "neurónios sociais" atrofiados.
Neste momento posso dizer com orgulho, que os meus neurónios estão só cansados. ;)
Não escrevo há uns dias.
Pois.
A verdade é que estou cansada. Não de escrever, é claro. Cansada fisicamente.
Um pouco deprimida também.
Aqueles que já me conhecem e os que vão conhecendo enquanto lêem o blog, percebem que prefiro escrever quando me sinto bem, de plenas capacidades físicas e mentais.
Sou uma pessoa que prefere falar quando se sente bem, para não transmitir os meus problemas aos outros.
Se bem que desabafo pessoalmente, como qualquer outra pessoa.
Mas também depende dos dias, uns dias desabafo, outros prefiro guardar tudo para mim.
O que eu dava por 24 horas sem fazer nada. Ou 24 horas para fazer o que bem me apetecesse, só porque me dá prazer. Sem ter de pensar em horários, em compromissos, em responsabilidades.
Férias neste momento compram-se.
Nem que seja utopicamente.