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"As barbearias são aqui bastante singulares.
O símbolo dessas lojas é uma bacia,
e o profissional que aí trabalha acumula três profissões:
dentista,
cirurgião
e barbeiro."
in "1808" de Laurentino Gomes
Hoje é Domingo.
É sempre aquele dia em que tentamos preparar a semana que chega amanhã.
É um dia de reflexões, de organizações, de arrumações, quer físicas quer psiquícas.
Por isso, deixo aqui mais uma frase:
"As pessoas fazem a História, mas raramente
se dão conta do que estão a fazer."
Christopher Lee, in This Sceptred Isle - Empire
Porque gosto muito de História, leio muitos romances históricos.
A História tem sempre uma base real. Por mais que seja uma realidade relativa.
Aliás, constuma dizer-se que a História é sempre escrita pelos vencedores.
Assim deixo aqui duas frases de um livro, cujo tema é a escravatura.
"Já, já seus merdas, filhos de uns lacerdas
Seus caimões, filhos de uns cabrões
Seus madraços, filhos de uns putaços."
(Francisco Félix de Sousa, dando ordens aos seus três escravos de aluguer)
"A liberdade é a doçura da vida."
(Luiz Gonzaga das Virgens, soldado mulato, defensor da francesia, enforcado em São Salvador)
in "O Último Negreiro" de Miguel Real
Porque a liberdade é um dos bens mais preciosos que temos.
Porque um dia ela não foi adquirida. Porque um dia, uns tinham mais liberdade que outros.
Quem segue o blog já percebeu que frequento o curso de Medicina. E que sou também uma adepta de tudo o que são assuntos históricos, e por isso, resolvi relatar um pouco da história desta ciência que praticarei daqui a 4 anos.
Em termos gerais, pode definir-se Medicina como uma área do conhecimento ligada à restauração e manutenção da saúde, é a ciência prática da prevenção e cura das doenças.
Símbolo da Medicina
O símbolo da Medicina é o ceptro de Asclépio, nome grego para Esculápio, deus da Medicina e da cura entre Gregos e Romanos. Asclepius em grego significa cortar, curiosamente...
Este deus curava os doente e ressuscitava os mortos, daí que os médicos fossem chamados discípulos de Esculápio. Este era representado com o braço esquerdo apoiado num cajado ou galo - símbolo da vigilância - em volta do qual há uma serpente - símbolo da prudência. Este ceptro é o símbolo da Medicina.
Algumas partes da História da Medicina
Todas as sociedades humanas têm crenças que fornecem explicações e respostas para o nascimento, doença, morte. Durante muito tempo e em todo o Mundo, a doença foi atribuída a actos de bruxaria, intervenção do diabo, vontade dos deuses... Ideias que em certas sociedade podem ter ainda algum poder, nomeadamente através da cura pela fé nos santuários, por exemplo. Contudo, a Medicina científica e os seus desenvolvimentos nos séculos XIX e XX, alteraram muitas destas práticas.
Hipócrates viveu em 300 A.C. e é considerado o pai da Medicina. Utilizava explicações sobrenaturais para as doenças, mas, apesar da limitação do conhecimento médico e científico da época, foi ele o percursor do chamado "pensamento científico" ao procurar detalhes nas doenças dos seus pacientes e tentando chegar a um diagnóstico.
No primeiro século da era cristã, Claúdio Galeno, médico grego, deu contribuições importantes para o desenvolvimento da Medicina baseadas em dissecações de animais.
Na Idade Média, algumas ordens religiosas assumiram o controle da "arte de curar" através dos chamados "preparados", feitos essencialmente à base de plantas a que eram atribuídas propriedades curativas. Deixavam para os barbeiros, que já sabiam mexer com a navalha, a drenagem de abcessos e a remoção de "pequenas imperfeições" no pénis. A formação de secreções purulentas era considerada normal e saudável.
Em 1865, Louis Pasteur, após várias experiências provou que certos tipos de infecções eram provocadas por agentes animados, e partindo deste conceito desenvolveu a pasteurização (processo de conservação de alimentos).
Também no mesmo ano, Lister aplicou pela primeira vez uma solução anti-séptica num paciente com fracturas complexas, com efeito profilático na infecção.
Em 1928, Alexander Fleming descobriu a penicilina ao observar que colónias de bactérias não cresciam próximo de um fungo que tinha contaminado algumas placas de Petri com cultura. Surge a era dos antibióticos - permitindo aos médicos curar infecções que até então eram consideradas mortais.
"A evolução deste então não parou. A eterna luta do Homem contra a morte entrou numa nova etapa, cada vez mais moderna e cada vez mais cara."
Pintar as unhas é uma prática banal hoje em dia.
Incluo-me no grupo de pessoas que o faz. Sem recorrer a manicure, experimento a arte em mim quando pinto as unhas. Podia era ficar um pouco melhor. Mas as "artes" nunca foram o meu forte.
Mas vamos lá a um pouco mais de história.
A prática de pintar as unhas remonta a 3000 A.C. com os Japoneses e Italianos (nesta altura não existiam italianos, quanto mais Itália, é para simplificar, a explicação fica para outro dia). Era utilizados vários materiais para fazer aquilo a que hoje chamamos verniz, entre eles: pétalas de várias flores, ovos... Os Egipcios usavam a planta Henna para dar uma cor acastanhada às unhas, mas também aos dedos e mãos. Foram assim que surgiram as tatuagens Henna.
Em tempos remotos, a cor das unhas era um indicador da posição social. Mulheres e homens eram separados pelas cores que ostentavam nas suas unhas. Diferentes tribos pintavam as unhas de cores diferentes.
Estranho como uma prática que anteriormente tinha relevância social, neste momento se tornou um acto banal, que quem quer faz. Basta fazê-lo em casa ou numa manicure. É a evolução social que faz este tipo de coisas.
Mas alegrem-se meninas... Já Cleópatra pintava as unhas de vermelho. ;)
Não, não se trata de um anúncio da Lipton.
Nem de uma daquelas idealogias que acredita nos poderes revitalizadores da mente através do chá.
O chá é originalmente uma infusão de botões ou folhas da planta Camellia sinensis. Contudo, a palavra chá é utilizada hoje em dia para qualquer tipo de infusão de ervas ou frutos que seja preparada com água quente.
Os primeiros a ter contacto com o chá, que veio dos lados do Japão, foram os portugueses. No tempo dos Descobrimentos que já lá vão, no tempo de D. Sebastião que um dia iria voltar. O Encoberto nunca mais ninguém o viu e Descobrimentos... Só se forem de mais vigarices, burlas, e enganos que o nosso governo "descobre" e nos serve todos os dias à mesa. Mas não era sobre isto que eu queria falar... Talvez outro dia.
Como já disse anteriormente, gosto de chá. Esteja calor ou esteja frio.
Não gosto do chá demasiado quente, morno é o ideal. No Verão ponho gelo, 2 a 3 pedras.
O meu preferido é o tradicional chá preto. Também gosto do de limão, e de alguns de frutas. Mas chás de camomila e coisas que tais... Nem vê-los.
Da mesma maneira que não acredito em poderes do chá, a não ser obviamente, no "poder" diurético que têm. Chás para o sono, chás para acalmar... Não.
Bebo chá porque gosto, porque é bom, porque sabe bem beber um cházinho à noite. Ou a qualquer outra hora do dia.
Por falar nisso... Vou agora beber um. Preto. Para não variar.
Beijo... O que significa um beijo?
Podes dar um beijo de várias maneiras e feitios. Mas qual o seu significado?
A meu ver, a sociedade tende a atribuir a várias coisas um significado imposto, que depois acaba por se tornar uma regra social, uma conduta. Daí que se atribua quase sempre o beijo a um acto com amor, com paixão. Mas não tem que ser sempre assim.
É realmente um acto que a maioria das pessoas considera como mais íntimo, pelo menos para os nossos lados da Europa. Pois... Porque na Rússia, por exemplo, as pessoas cumprimentam-se com um beijo na boca, equivalente aos nossos dois beijinhos na cara.
Eu queria aqui só mostrar que um beijo pode significar apenas felicidade.
E é por isso que deixo aqui esta imagem tão conhecida, de um beijo entre um marinheiro e uma enfermeira que não se conheciam, no dia em que findou a IIª Guerra Mundial.
A reflexão deixo ao critério de cada um.