. Os direitos inalienáveis ...
. Perfumes
. "A nossa única riqueza é ...
"Começou a convencer-se de que o mundo não tinha significado nem propósito; existia simplesmente, com desprendimento, alheio ao espantoso sofrimento que as suas regras implacáveis ditavam.
Cada vida é uma tragédia imensa para quem a vive, mas cruelmente insignificante à escala do universo. Os seres vivos sofrem e o mundo mostra-se estranho a esse sentimento, encarando-o com indiferença, aceitando-o como fazendo parte da ordem natural das coisas, como se a dor fosse o motor da existência, a iniquidade o seu preço.
Cada desejo procura satisfação, cada obstáculo gera sofrimento. Mesmo a satisfação de um desejo apenas suscita felicidade temporária; logo a seguir vem um novo desejo, de novo travado por mais um obstáculo, o que significa que a existência é sempre luta, o sofrimento omnipresente, a felicidade efémera."
in "A vida num sopro" de José Rodrigues dos Santos
Como leitora que sou, achei estes direitos muito adequados a quem lê.
Porque nem todos lemos da mesma maneira, nem somos obrigados a isso.
O prazer de ler é para cada um o que é. Diferente para mim, diferente para ti, diferente para os outros.
"1. O direito de não ler
2. O direito de saltar páginas
3. O direito de não acabar um livro
4. O direito de reler
5. O direito de ler não importa o quê
6. O direito de amar os heróis dos romances
7. O direito de ler não importa onde
8. O direito de saltar de livro em livro
9. O direito de ler em voz alta
10. O direito de não falar do que se leu."